O realizador David Cronenberg e o actor Robert Pattinson estiveram esta terça-feira no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, numa conferência sobre o filme «Cosmopolis», produzido pelo português Paulo Branco.
O filme, que estreou no Festival de Cinema de Cannes, em França, tem a sua segunda exibição pública em Lisboa, numa antestreia no CCB.
No encontro com a imprensa, o realizador canadiano e o actor britânico, acompanhados do produtor Paulo Branco, foram contando alguns pormenores sobre a rodagem do filme, uma adaptação do romance homónimo do escritor norte-americano Don DeLillo.
«Cosmopolis» juntou, pela primeira vez, David Cronenberg e Robert Pattinson, depois de este ter sido o protagonista da saga de vampiros «Twilight», um sucesso mundial de bilheteira.
Robert Pattinson interpreta o papel de um milionário, Eric Parker, que quer atravessar Nova Iorque, dentro de uma limusina, para cortar o cabelo.
A viagem, que dura um dia inteiro, é uma metáfora sobre a própria vida da personagem e a sua autodestruição até a um confronto final (um diálogo crucial do filme) com um antigo empregado (o actor Paul Giamatti).
Robert Pattinson, que tem em «Cosmopolis» o primeiro grande papel dramático de carreira, admitiu que estava «assustado» no início da rodagem, porque não sabia se o filme iria resultar, uma vez que tinha muito texto, a história passava-se dentro de uma limusina e ele aparecia em quase todas as cenas.
Finalizado o filme o actor reconhece que agora pensa na representação e o cinema de forma diferente.
Cronenberg provocou uma sonora gargalhada na conferência de imprensa quando disse que escolheu Pattinson porque «era barato, estava disponível e obedecia às ordens do realizador».
«Vi algumas entrevistas dele no Youtube e deu para perceber como é, se tem sentido de humor. Divertimo-nos muito na rodagem, apesar de o filme ser pesado (...). Tive que o convencer, não porque o filme seria bom, mas porque ele era a pessoa certa para o papel», disse.
«Cosmopolis» tem estreia comercial em Portugal na quinta-feira, é considerado um filme independente e de baixo custo, com um orçamento de 15 milhões de euros.
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